Intemporalidades…

Acho definitivamente muita piada a quem anda sempre a fazer comparações… de uma vez por todas paremos com esses raciocínios redutores das analogias…

Engraçado muitas vezes tentamos comprar o passado, o presente, e o futuro… contudo como diz o nosso povo “não se deve misturar alhos com bugalhos”! A única coisa que estas 3 coisas têm em comum é mesmo serem finitas e liquidas…

São finitas, pois estão definidas nas nossas coordenadas de espaço-tempo finitas, por muito que pense que o futuro seja infinito, a minha mente impõe sempre um limite que não consigo transpor.

Liquida porque todas são moldáveis, “tudo são ilusões”, todas elas são apreensões da realidade feitas por seres humanos, logo tendo o seu erro subjectivo. Quer com isto dizer que todas elas são um quadro, no qual, pintámos, pintamos e pintaremos, com as cores que bem entendemos.

É horrível comparar o presente ao passado, e é algo que me irrita imenso.

A nossa mente tem a tendência para seleccionar acontecimentos, quer isto dizer que temos uma memória selectiva, cheia, ou melhor cheiíssima de subjectividade, vejamos os “dejá vu”. As nossas memórias são quadros pintados por nós, podemos até ter memorias que na realidade nunca aconteceram… Tornando o passado subjectivo…

Quanto ao presente temos também a mania de achar mesmo que ele existe. Do meu ponto de vista, é mentira, é uma realidade instantânea e fugaz, desaparece sem nunca ter aparecido, tão depressa é futuro como de momento já é passado.

O futuro é o que está á espera de vir, á espera de ser construído e cabe a mim trabalhar para que se torne no melhor presente, e passado que já tive!

Termino dizendo: deixemos o passado para contemplar, e o Futuro para construir, “não misturemos farinhas diferentes no mesmo saco!”